quinta-feira, junho 25, 2009

Ainda na Fase dos Porquês, fiquei me perguntando, depois que escrevi o último post: "será que assustei os meus leitores?" Eu sempre irei ter essa eterna pergunta quando escrevo (ou falo) algo sobre mim. O ser humano busca sempre a aceitação. Isso é uma busca constante! Quem disser que é mentira, está mentindo. Vc. sempre quer ser querido, ser amado, ser valorizado. É o alimento do ego! Normal! O que não pode é viver em função de agradar os outros, isso não é legal.
Confesso que já passei pela fase de "tenho que agir assim, pra fulano gostar de mim". E eu não falo só de relacionamento amoroso, não. Era com tudo e todos. Família, amigos, professores. Eu tinha que sempre agradar, mesmo que isso me custasse algo. No fundo, queria suprir uma carência. Uma carência de mim mesma!
Mas, isso eu só conscientizei depois de mtaaa reflexão, muita mesmo. Qual era o motivo de eu fazer algo que não me agradava só pra satisfazer o outro? Porquê que eu dizia Sim, quando queria dizer Não? Porquê que eu dizia Não quando eu queria dizer Sim? O porquê de agradar o outro? De onde vinha essa necessidade?
Na verdade, queria ACEITAÇÃO. Mas, como ser aceita pelo outro se eu não dava chance de me conhecerem? De saber o que eu gostava? Do que eu não gostava? Pra quê "enganar" o outro, fazendo com que ele acreditasse numa pessoa que não existia? Quanto valia o sacríficio de negar o meu verdadeiro Eu em troca de uma aceitação de outrem?
Isso foi há mtooo tempo mesmo ! (como disse, desde nova eu me questiono)
Foi aí que me deu um insight e resolvi me rebelar. Não tinha que ser a "certinha" para que a minha família gostasse de mim ou a "adolescente rebelde" para ser aceita por uma turma ou a "super mega popular" pra ter um amigos ou a "bonitona" pra arranjar um namorado ou a "CDF " pra ser elogiada pelos professores.
Afff...era mta pressão! E não era eu. Eu NÃO conseguia ser a certinha (pra minha família, eu era quase uma ovelha negra), eu NÃO conseguia me adequar a nenhuma "tchurma" da escola (nunca fumei, só comecei a beber depois dos 20, não matava aula pra jogar truco e sair pra balada, aff....só depois dos 17 é que comecei a sair. rs) , eu NÃO era a popular (apesar do meu nome diferente ajudar mto em ser conhecida), eu NÃO era a bonitona nem a bonitinha pra arrumar um namorado (acho que para os meninos eu era meio invísivel, kkk) e quiça ser CDF (minhas notas variavam entre 5 a 7, quando tirava 8, me achava! kkk).
Como podem ver, eu não iria nunca conseguir agradar a ninguém. Nem a Gregos, nem a Troianos.
Eu precisava me reajustar, me reorganizar, me reconstruir. Foi uma fase difícil na minha vida. Uma crise existencial. Eu era velha demais pra minha idade e nova demais pra segurar essa barra. Não foi de um dia pro outro que houve essa reorganização. Foi um nascimento de uma borboleta! rs
Foi um mergulho dentro de mim e uma série de perguntas surgiram, a principal acho que foi: "Ei..tem alguém aí dentro? quem é vc? me mostre quem vc é. Eu irei te aceitar seja como for".
Hoje eu vejo que foi mta coragem e amor também. Eu que "corria" atrás do Amor de outrem, tive que me perguntar se eu me amava do jeito que eu era: nem tão certinha, nem tão rebelde, nem tão popular, nem tão bonita, nem tão inteligente, quanto a sociedade me exigia e queria.
Foi a Fase do Patinho Feio que se descobre Cisne!
Aos poucos, fui me libertando da imagem do que os outros queriam e aceitando a pessoa mais importante pra mim: EU! Foi um tudo ou nada! Ou eu me amava ou seria uma eterna caçadora da atenção alheia. Resolvi me AMAR, me ACEITAR como eu era, do jeitinho que Deus me criou.
Se os outros não gostassem de mim, paciência! É direito deles! Então, iria pra outro canto, encontrar os que gostassem e senão, encontrasse (o que acho mto difícil, pois como a fábula do Patinho feio diz, semelhantes atraem semelhantes), paciência!, eu teria que fazer da minha companhia a melhor possível, afinal eu iria viver comigo até o fim da minha vida, não é verdade? kkk
Não vou dizer que hoje eu não importo com a opinião alheia, como disse no começo do texto, isso é impossível! Tenho senso do que é aceitável ou inaceitável em uma sociedade. Afinal, eu sou humana e vivo em comunidade. E é bom pro nosso ego ter pessoas que nos elogiam, que nos admiram, que gostam da gente, mas antes de tudo, eu assumo a responsabilidade de segurar a minha barra quando não tiver a aceitação do outro.
Me pergunto: E aí? o que vc. acha? Essa é vc? Vc. fez por Você? Vc. tá bem? Se a resposta for sim, assumo! se a resposta for Não, me questiono o que me fez fazer tal coisa pra ser aceita.
Mas, uma coisa podem ter certeza, estou evitando qualquer coisa que fuja da minha essência. Não gosto de enganar ninguém, mto menos, enganar a mim. Pois se eu fingir algo que não sou, vou acabar me machucando, e depois que a pessoa descobrir que na verdade, aquela imagem que ela via não era verdade, vou acabar decepcionando-a. E isso não acho justo!
Não sei se esse relato servirá de Lição para alguém, mas aproveito para dar um conselho: Seja vc. quem for, aceite-se como é! Sem máscaras, sem maquiagem. Quem gostar de vc. de verdade, vai gostar da sua essência, não da sua aparência, não do que vc. pode oferecer pra ela, seja dinheiro, status ou poder. Se tiver que mudar algo em vc. , mude por vc. , não pra agradar A ou B. Tenho certeza que as pessoas que ficarem ao seu lado, depois que vc. mostrar quem vc. é, serão as que gostam de verdade de vc. E se não gostarem, fazer o quê, Paciência! O importante é VOCÊ se gostar. Assuma VOCÊ !"
Bom...fico por aqui! Escrevi mto, né? Ah...eu SOU assim mesmo! rs Beijos à todos!

Nenhum comentário: