quarta-feira, junho 30, 2010

Na alegria e na tristeza...

Certa vez (há mto tempo) vi em uma revistinha em quadrinhos (estilo gibi) duas imagens sem palavras. Era em uma página só. Uma imagem acima da outra. Eram aquelas imagens que para um bom entendedor, meia palavra bastava. Mas, para uma criança que na época eu era, seria necessário uma boa explicação. E minha tia foi essa tradutora.
As 2 imagens eram as seguintes:
A primeira mostravam um grupo de pessoas reunidas como se estivessem em uma festa. Uma imagem mto colorida, muito alegre. As pessoas estavam vestidas com roupas coloridas. Algumas usavam aqueles colares havaianos, outras estavam jogando confetes no ar. Algumas seguravam latas representando bebidas, talvez refrigerantes, pois se tratava de uma revista infantil. Não me lembro dos vários detalhes daquela imagem, tendo em vista que os anos se passaram. Mas, representava uma FESTA.
Minha tia me ajudou depois a "ver" que eram muitas pessoas felizes e alegres em uma festa de amigos. E o mais interessante, parecia ser a festa de alguém ou para alguém. Um aniversário, por exemplo. Não sei.
Mas, a imagem dizia que: havia felicidade naquele lugar.
A segunda imagem, abaixo dessa, era completamente diferente. Já não tinha tantas cores, pelo contrário, a cor predominante era o preto, o cinza. Havia também pessoas nessa imagem, bem menos do que na imagem anterior. Bem menos. E elas estavam usando roupas pretas. Não tinha confetes, nem colares havaianos. O clima parecia ser triste porque as pessoas desta imagem estavam com lágrimas nos olhos, ao contrário da anterior, que se via os sorrisos nos lábios.
Minha tia me ajudou a "ver" que aquelas pessoas estavam tristes, estavam chorando, sofrendo em comunhão.
A única coisa que era IDÊNTICA à figura que estava acima era o desenho de um menino. O mesmo que estava na festa era o mesmo que estava triste.
Minha tia me fez perceber que se era o mesmo menino, é pq. esta "mini" história era ele o personagem principal.
E ela me fez perceber mais detalhes entre as duas figuras. Na primeira imagem, tinha muitas pessoas. Umas 10. E algumas, abraçavam esse menino.
Na segunda, tinha 3 pessoas ao lado do menino, chorando com ele e uma dessas o abraçava.
Eu, criança, demorei pra entender algo que pra nunca irei esquecer.
Minha tia, entretanto, passou em palavras o que aquela imagem dizia:
" Na alegria este menino tinha vários amigos, várias pessoas estavam junto dele festejando. Na tristeza, foram poucos os que estavam ao lado dele. Repare!"
E isso é a mais ABSOLUTA verdade.
Se queres ver se tem amigos, passe por um momento de tristeza. Por que ser AMIGO na alegria, quando vc. está bem, saudável, bem-humorado, com boa situação financeira é mto fácil. Ser companheiro de balada também é mto fácil.
Agora, ter amigos no momento onde vc. está triste, sofrendo, chorando. Onde vc. está debilitado, mal humorado, ou desempregado, é muito mais difícil.
É no momento em que vc. mais precisa é que os verdadeiros amigos aparecem.
Reparem!
Eu estou reparando....

terça-feira, junho 22, 2010

É engraçado como passamos pouco tempo sozinhos. Não digo sozinhos fisicamente. Sozinho, sem ninguém por perto. Digo, sozinho-sozinho. Só você e você.
E aí, há muita diferença. Porque às vezes, vc.está sozinho(a)- aí, leia-se: sem ninguém por perto, mas está pensando nos problemas pra resolver, nas coisas pra fazer, no seu trabalho, e todo blá-blá-blá que te preenche os pensamentos.
O estar sozinho de qual é falo é muito maior, ou melhor dizendo, é mais abrangente do que isso. É você estar contigo de verdade. Sem pensar nas suas preocupações do dia-a-dia ou no que terá que resolver depois.
Este "estar contigo" é aquele onde sua mente, seus pensamentos estão voltados unicamente pra uma pessoa: VOCÊ.
Onde você busca saber dos seus anseios, dos seus sonhos, se vc. continua sendo a mesma pessoa que foi ontem e se ainda está sendo fiel à sua essência.
Profundo, não?!
Hoje pensei muito nisso, enquanto fazia caminhada. Há tempos que não passo um tempo sozinha. Um tempo pra pensar em mim, pra entrar em contato com a minha essência e saber se não estou esquecendo dos meus sonhos, dos meus anseios e daquilo que sempre quis pra mim.
Acho que tive esse momento de reflexão por ter andado pelos mesmos caminhos que passava há muito tempo atrás e naquele tempo, eu ainda sonhava. Não que eu hoje não sonhe, não tenho mais os meus anseios, sim, os tenho, porém não com a mesma intensidade que tinha há 10 anos. E não me culpem por isso, ou me julguem. Talvez, quem esteja lendo também se sinta nessa mesma situação. Se é que já pararam pra pensar se também não estão esquecendo dos seus sonhos ou até mesmo não sonhando com tanta intensidade, assim como eu. Ou se não estão esquecendo de si envoltos no seu mundo dos "problemas que eu tenho que resolver".
Enquanto caminhava, voltei ao passado. No tempo em que eu andava por aquele mesmo caminho e imaginava um monte de coisas para o meu futuro. Aqueles sonhos juvenis. Sonhos grandiosos. Porém esquecidos, diante da correria da vida adulta. Da vida cheia de responsabilidade. Da vida de preocupações e problemas para resolver.
Foi passando pelos mesmos caminhos que andei há mto tempo atrás, entrei em contato com aquela garota que sonhava muito. Entrei em contato comigo e percebi que o futuro que eu almejava; poucas coisas tinha sido realizadas. Não desmerecendo as minhas conquistas. Não é isso. A questão é que antes eu sonhava muito e os meus sonhos eram grandiosos. Hoje continuo sonhando, porém, confesso, que sonho pouco, vivo apenas o presente. Os sonhos grandiosos não fazem parte do meu dia-a-dia. Hoje, enquanto caminhava, entrei em contato com algo esquecido. Algo que me deu vontade de colocar em prática novamente: voltar a sonhar!

sexta-feira, junho 18, 2010

À alguns dias estou pensando em escrever este post. Prorroguei, pq. não sabia como tratar o assunto. Até que, vi pela TV uma reportagem falando exatamente sobre isso. Resolvi, então, escrever e quem sabe, ao mesmo tempo fazer uma homenagem a esta pessoa e uma denúncia ao que lhe aconteceu.
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O nome dele é Avelino. O "seu" Avelino. Um senhorzinho pequenino, de cabelos brancos e de aparência frágil. "Seu" Avelino já era conhecido no local onde trabalho, antes mesmo de eu começar a trabalhar. Já fazia parte das histórias contadas por lá. Ele já chegava enfezado no local, brigando com a primeira pessoa que via. O motivo era sempre o mesmo: ele estava sem dinheiro. E dizia que a culpa era daquele que o estava atendendo!
A primeiro momento, quem não o conhecia, escutava a história dele. Ou melhor, tentava escutar, ou melhor, tentava entender, pois "seu" Avelino falava, falava e falava e a gente não entendia nada. A única coisa que sabíamos era que ele estava enfezado...muito enfezado.
Todo mês "seu" Avelino estava lá, depois que seu dinheiro era depositado e ele sempre contava a mesma história. Acho que, na verdade, ele gostava era de ir lá. Só pra ver as meninas.
Por ser uma pessoa que não passava desapercebido, acabou se tornando aquelas figuras históricas: Pequenino e bravo. Aquele bravo que todo mundo gostava.
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Semana passada recebemos a triste notícia. "Seu" Avelino tinha falecido. Foi atropelado por um motorista de ônibus aqui em Cuiabá. Esta notícia foi como um soco no estômago de todos ali. Não tínhamos nenhum parentesco com "seu" Avelino, mas ele fazia parte da nossa vida. Saber da sua morte foi muito triste. Porém, se fosse de maneira natural, seria menos doloroso do que saber que foi por um estúpido atropelamento.
Foi revoltante saber disso! E mais ainda, saber, depois que vi numa reportagem nacional e depois regional que isso é mais comum do que eu imaginava. Tanto que está sendo feito uma campanha nos ônibus para concientizar os motoristas sobre o respeito com os idosos em todo o país.
A coisa é séria mesmo! Não é um, nem dois, são vários que estão sendo atropelados sem dó nem piedade. A maioria dos brasileiros idosos utilizam o ônibus como transporte e os motoristas não respeitam essa necessidade. Não param no ponto, passando direto. Um dos motivos que os próprios idosos alegam (em entrevistas) para esse desrespeito é que eles não pagam passagem, por isso os motoristas o ignoram. (Se é que isso é um motivo a ser alegado, pois a gratuidade de passagem é um direito que foi concedido a esses cidadãos).
Se quando não param já estão desrespeitando, mais ainda, quando não tem paciência de esperá-los subir nos ônibus ou descer aqueles terríveis degraus.
Isto é revoltante !
Não sei como foi o atropleamento do Sr. Avelino, procuro nos noticiários da Capital, mas nada foi falado. Se tornou comum, mais um. Como isso é possível, tratar de um atropelamento de um senhorzinho tão frágil de maneira a ignorar a sua existência?
É com o coração triste que escrevo este post. Sinto pela família do sr. Avelino e imagino a dor que aquele senhor sentiu ao ser atropelado por um louco no volante. Um louco que talvez nem imagine que um dia ele também será idoso.
Sem mais palavras!

quarta-feira, junho 09, 2010

Dia dos namorados chegando....

Estive lendo uma sugestão de um leitor para que eu falasse da Copa. Hum.. na verdade, vou ficar devendo ele, pq. ultimamente, o que está rolando na minha cabeça é falar, falar e falar sobre o Dia dos Namorados. (Ai, que romântico!! rs).
Eu já falei pra vcs. que sou romântica? Já falei que sou quase brega de tão romântica? rs. Pois é, tenho que confessar aqui pra vcs. Sou tão romântica, que fico dando palpites até nos presentes de Dia dos Namorados alheio. Palpiteira mesmo! Ou melhor, prefiro que me chamem de "consultora romântica". haha.
O romance está no ar e as pessoas estão sem ideias românticas para presentear seus pares. E não é só os homens, não. São mulheres também. Serei eu a última romântica?
O povo ou tá sem ideia mesmo, ou sei lá, perderam o romantismo no meio da correria da vida "selvagem". Não! Porque, dia dos namorados não é dia de comprar presente prático, gente! Pelo amor de Santo Antônio!
Dia dos namorados é dia de romance (apesar de eu achar que qualquer dia, qualquer hora ao lado da pessoa amada tem que ter aquele sabor adocicado de maçã do amor..rs), é dia onde você demonstra todo o carinho, paixão, amor, enfim o tanto que gosta da pessoa que escolheu pra estar ao seu lado. Independente de estar com ela há mto ou pouco tempo, é dia de demonstrar este sentimento.
Então, não combina nada com presente prático, que vc. pode comprar qualquer dia.
O dia dos Namorados é o dia onde vc. tem que "soltar" o Vinicius de Moraes de dentro de você. É dia de poesias, dia de presentes mágicos. Presentes onde se compra com o coração, independente do valor. Pois, não importa o valor do presente e sim o tamanho do sentimento.
As pessoas acham que o valor é o que importa; que quanto mais caro o presente, mais a outra pessoa vai valorizá-lo. Ledo engano!
Eu penso que se a pessoa sequer não consegue "entender" um presente romântico, ela nem sequer está apaixonada.
Porque quem está apaixonado, fala com o coração e entende qualquer coisa que seja falado por outro coração. Filosófica? não, romântica mesmo! hehe
Vcs. devem estar curiosos pra saber o que vou dar para o meu namorado depois de tudo o que escrevi..hehe..mas, nem vou poder contar agora (depois conto!), perigando ele ler. Vai que ele inventa de aparecer por aqui e descobre a surpresa! haha
Mas, se por acaso ele ler, (pra querer pegar uma dica do que eu quero...rs) saberá com certeza, que a namorada dele dará mais valor em um presente romântico, personalizado, que tem a minha cara romântica ..rs...(e vale até carta de amor, daquelas que mais parecem retiradas da música do Wando ou até as letras de músicas sertanejas que ele tanto gosta, mas feitas para mim) do que um presente caro e sem valor emocional. E que ele saiba, que o presente que darei a ele, também não será o mais caro de valor econômico, mas talvez seja o mais caro de valor sentimental, pois foi todo preparado para ele. De todo o coração.
Será que ele vai gostar ???? rs