sexta-feira, abril 11, 2008

Peregrinação no deserto cuiabano (parte 1)

Hoje meu dia foi puxado. Último dia de curso e eu precisava terminar os últimos preparativos para a homenagem aos professores.
Gosto desses tipos de coisas. Homenagear alguém, festejar algo é comigo mesma. Acordei cedo e lá foi eu e minha colega Mariza percorrer pelo centro cuiabano à procura de pequenas e singelas lembranças para os professores, nada muito caro, nada muito barato. Tudo na medida certa!
A sorte é que eu encontrei uma escorpiana tal como "yo" que gosta das coisas tudo nos mínimos detalhes. Será qualidade ou defeito? Sei lá...só sei que sou assim.
Enquanto, não encontramos nada com a cara da pessoa que seria presenteada, não descansamos. Minto. Descansamos, sim. Nos bancos do calçadão. Sol queimando o rosto e a gente pechinchando até não querer mais. Anda pra cá, anda pra lá e nada. Nada era do nosso gosto. Afinal, somos perfeccionistas até dizer: chega! Mas, essa hora não chegava.
Enfim, depois de 3 horas, praticamente rodando, encontramos 1 presente. haha E precisávamos de mais 8. Acho que ao meio-dia, meu cérebro e o da Mariza nem raciocinava direito. Aliás, que cérebro? Acho que naquele calor de quase 50 graus (juro, gente, que tava quase isso) nosso cérebro já estava derretido que nem sorvete (não que o nosso cerébro fosse parecido com um sorvete)...tá bom...vou mudar a frase: tava que nem chumbo derretido...(a palavra "chumbo" soa como algo consistente, que lembra a palavra: inteligência.."cerébro de chumbo" hehe).
Bom...mas, voltando à nossa peregrinação no Deserto cuiabano. Andamos, andamos e andamos.
Entra em loja, sai de loja. Nada era a contento! À essa altura, já tínhamos decidido em dar chaveiro de inox para os professores. Faltava saber qual seria e como seria, pois não poderia ser qualquer chaveiro. Eu cheguei num ponto de falar pra dona de uma loja que o chaveiro que ela vendia não era de boa qualidade. Pode uma coisa dessa?! A mulher querendo me vender, falando que os chaveiros dela eram bonitos e eu lá "metendo o pau". -Não é,não, dona!- eu dizia. É... o sol já tinha derretido até a educação que eu trazia do berço. kkk . A Mariza continuava fina!
Estávamos destruídas, pra falar a verdade. A gente agora nem perguntava mais o preço das coisas, já falava o que a gente podia gastar. Tipo: era pegar ou largar!
Até que um comerciante "pegou".
Ufaaaa....
Nem acreditei quando compramos todos os chaveiros. Faltava só gravar o nome dos professores (é..a gente teve até essa preocupação). O mais engraçado é que, na hora do cara gravar, ficamos decidindo pra quem entregaríamos o chaveiro, pois eles não eram iguais. Então, a gente tinha que olhar para o chaveiro e ver com quem ele mais parecia. (é...juro que fizemos isso!).
Eu olhava para o chaveiro e falava:
-Hum, esse parece com o prof. tal. Não, é Mariza?
A Mariza respondia:
-Ah, não sei..
Agora, o cerébro dela que estava derretendo.
Na hora da gravação, o homem perguntava:
-É esse o nome do professor?
Eu perguntava: -Mariza, é esse o nome?
-Ah..não sei.-ela respondia
Caraca, nem o nome dos professores a gente lembrava. Não lembrava mais de nome, de sobrenome, de nada. Acho que nessa hora a gente nem devia saber o motivo pelo qual estávamos ali.
Depois de terminada mais essa tarefa, teve mais outras....mas, depois eu conto aqui. (prometo a continuação, pq. este post ficou muito longo e eu preciso dormir, pq. são 2hs da manhã).
Beijos à todos!

Nenhum comentário: