quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Uma MEL na minha VIDA

E quem poderia imaginar que depois de 12 anos teríamos um novo, ou melhor, uma nova hóspede em nossa casa??
Mel chegou assim, do nada. Imprevísivel, por assim dizer!
Um bolinha de pêlos marrons e com dentinhos afiados.
E foi assim que ela se apresentou: com dentinhos afiados no dedão do meu pé.
Afff...me assustei na hora! e quem não se assustaria se em pleno local de trabalho, vc. entra numa sala e leva uma mordida no dedão. Seria um siri??? um escorpião?
Qdo olhei estava ela, toda serelepe, "comprando" briga comigo. Afff...que petulância aquela pixotinha tinha. E já travei uma conversa com ela: "Mocinha, quem é vc?" e ela me respondeu com outra mordida. Abusada! Ignorei aquela bolinha de pêlos e ela, audaciosa, me seguiu.
Arrraaaa! posso trabalhar em paz??
Voltei para o meu serviço, sem antes sair perguntando quem tinha "esquecido" um filhote de cachorrinho por aí. Sheilla, uma colega, já se apresentou como vó da pequena e que ela estava pra doação.
Nem cogitei a ideia de tê-la em casa. Já tínhamos o Pingo (um poddle com alma de pit-bul) e ter outro cachorrinho em casa...Hum???
Na saída do trabalho, comentei com a minha tia sobre o episódio da mordida. Afinal, tudo acontece no local onde trabalho, então...
Na hora, minha tia disse: "Eu quero!"
- Tem certeza, tia??
-Sim, eu tenho...eu tenho!
Hum....pensei....melhor se tivesse calado a minha boca.
Pois bem, nesse dia, a Mel apareceu nas nossas vidas. Uma filhote de coccker spaniel marrozinha!
Desse dia, então, minha vida não teve sossego! rs
Coccker é uma raça de cão caçador. Agitados por natureza. Fiquei sabendo disso, semanas depois, ao ver destroçados alguns rodos. Não satisfeita com os rodos destruídos,(a cada destruição dela, minha tia comprava outro rodo que por ela era destruído mais uma vez), ela saboreava não só a ração dela, como a do Pingo também, que à essa altura do campeonato, já estava mais estressado do que geralmente é. E o estresse dele era devolvido com latidos estridentes de raiva contra aquela "piscuila" (como comecei a chamá-la) que resolvia brincar com ele. Pingo já é um cachorro adulto, melhor dizer, idoso com seus 12 anos (um idoso "sarado", mas idoso que não agüenta uma piralha que acabou de nascer).
Pra minha tia, tudo aquilo já estava se tornado por demais dispendioso. E eu dizia: "Tia, ela tem alegria de viver!"
E minha tia, depois de tanto estragos feitos pela Mel, ía lá se importar com alegria.
Afff...
Eu tinha um problema em forma de cachorro. Mel era apenas um nome doce perto das estripulias que essa cadelinha começou aprontar na minha casa.
E todo dia era uma coisa nova, ou melhor uma nova coisa era destruída, para desespero da minha tia. Não só as destruições, mas também as "produções" que ela fazia por toda varanda, devido as diversas rações que comia. A dela e a do Pingo. E a minha piscuilinha foi crescendo, crescendo, crescendo, que eu pensava: Jesus!! onde vai parar! Parecia mais aqueles bichinhos de videogame que quanto mais vc. alimenta, mas ela vai crescendo em questões de segundo.
E quanto mais crescia, mais ficava forte e mais destruições provocava por onde passava. E lá se ía tapetes rasgados, mangueiras trituradas, vasilhas mordidas. Até que tive uma ideia de tirá-la da lavanderia onde dormia para colocá-la no corredor com uma cerquinha separando-a das coisas passíveis de serem destruídas.
Ufaaaa...minha tia acatou a ideia e comprou. A ideia e a cerca. Que a Mel no mesmo dia, (leiam de novo! eu disse: no mesmo dia) destruiu. Ela empurrou com toda a sua força canina a cerquinha que caiu e ela saltou para o mundo a ser destruído com a sua vontade de viver.
E no mesmo segundo, os meus ouvidos já se tornaram alvos de mais uma das reclamações da minha tia.
Afff....
Era o Pingo de um lado e minha tia do outro.
E quando eu falava pra Mel se acalmar, ela me olhava com aqueles olhinhos de amêndoas a me dizer: "Mamãe, eu não fiz nada! É tudo intriga...tudo intriga! Eu juro!"
E mais uma vez, eu tentava "engabelar" minha tia dizendo: "Ela é filhote! Logo, vai passar! É fase!"
Mas, minha tia está na fase onde se a paciência não foi adquirida com o tempo, ela não virá mais nunca. O Pingo tbém está nesta fase. E eu chegando nela.
Foi então, que minha tia disse: "Chegaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Não quero mais a Mel aqui!"
E quais seriam os meus argumentos diante de tantos gastos que ela havia feito e mais aqueles que ainda iriam vir até que a Mel se acalmasse (isto é: se ela se acalmasse!).
Com o coração apertado e com o sentimento de frustração misturado com a impotência de não poder criar um cachorro (e nem ter a maturidade para tal) decidi colocar a Mel na adoção.
Talvez, seja o mesmo sentimento que uma mãe despreparada emocional ou financeiramente tem com seu filho, ao dá-lo pra outra pessoa.
Melhor que ela seja criada em um lar onde haverá carinho e paciência do que aqui comigo.
Dói, me dói mto, pq. já me apeguei ao meu "bichinho da Tazmânia", mas o que posso fazer se não posso dedicar o tempo necessário para ela se sentir amada?
Então...assim..com mto pesar, amanhã será o dia em que ela visitará a sua nova família.
E quem sabe, a amará bem mais do que eu posso amar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Em relação ao Ppensando... vou lgo Ffalando!!!! gente quanta imaginação para aquisição de um troço de cachorro;;;;; huauhahahuauha adoro..... agora falando sério... tenho uma bela historia para você ilustrar.... eu moro em cuiabá e certa vez estava ao lado de uma bela moça dentro de uma cereja vermelha envenenada.... morrendo o carro a cada esquina, e que em uma subida enclinada estava com o coração na boca.... e ela ia com seu óculos D&G em direção a sua Casa encantada no paraíso das américas.... e que após um dia inteiro de laboro a ferro e fogo, essa moça repousava em seu castelo.

o que acha?

cansei usei todos meus neuronios....

disse...

kkkkk...será que eu conheço esse rapaz no seu carro preto, vulgo Bolita, que me ultrapassou achando q. iria chegar primeiro e acabou morrendo o carro, nessa subida interminável??? kkkkk
adorei a sua visita, Flavitcho!!! kkk