Reflexões sobre o Amor

Estava sumida daqui do Blog, mas hj. me deu vontade de escrever aqui. Hj. foi o último dia da minissérie "A Casa das Sete Mulheres" e eu não podia deixar de falar sobre essa minissére maravilhosa.

É a segunda vez que eu assisto e tive 2 percepções diferentes. Na primeira vez, eu "torcia" pro Giuseppe ficar com a Anita mesmo, como de fato, ele ficou. Dois anos depois, estava eu torcendo pela romântica Manuela.

Confesso que até chorei com os declarações dela e os momentos em que ela pensava nele.

E pensando sobre esses momentos, percebi o quanto deve ser triste você amar alguém com todas as suas forças, essa pessoa também te amar, só que elas não se combinarem. Não ter nada em comum, porque foi isso que de fato ocorreu. Manuela era totalmente diferente de Garibaldi e não dariam certo se ficassem juntos. Pertenciam a mundos diferentes. É como se um peixe se apaixonasse por um pássaro.

Quem nunca passou por isso?

Eu já passei por isso. Gostei de um rapaz totalmente diferente de mim, do meu mundo e da minha forma de viver. Acredito até que ele gostava de mim, mas nossas vidas não tinham nada a ver uma com a outra. E é difícil vc. colocar isso na cabeça quando seu coração está loucamente apaixonado e tentar matar esse sentimento por causa da razão é muito mais complicado.

Talvez eu tenha me encontrado na Manuela. Mas, ao contrário dela, conseguí estancar de mim todo aquele sentimento.

Ela, de fato, viveu e foi namorada do Garibaldi. Ele se apaixonou por ela e a paixão foi recíproca, só que o tio dela (Bento Gonçalves) não aceitou que o italiano desposasse da gaúcha. Pelo motivo que foi mostrado na minissérie, ele era um aventureiro e ela uma moça criada pra ser "senhora".

Triste isso, não?

E o pior de tudo que eu descobrí é que ela viveu até os 84 anos e morreu solteira. Não se interessou por nenhum homem e não amou ninguém. Só o Garibaldi!

A Anita (conhecida como a "heroína dos dois mundos") era a perfeita companheira de Garibaldi. Guerreira, corajosa, mulher de fibra, se apaixonou perdidamente pelo italiano aos 18 anos e viveu com ele até os últimos dias de sua vida aos 28 anos, dando a ele 5 filhos.

Não deixa de ser uma outra história de amor bonita. Dois amores bonitos. Um triste pq. não foi concretizado e o outro que só trouxe glórias e fez com uma brasileira fosse amada e conhecida na Itália.

A vida é meio estranha mesmo!

Será que a história seria a mesma se Garibaldi casasse com Manuela ?

E é por isso que penso novamente que Deus sabe o que faz, principalmente quando se trata de Amor.

Eu tenho a seguinte opinião: Não devemos procurar sofrimento. E gostar de alguém que não tem nada a ver com a gente é procurar sofrimento. Gostar de uma pessoa que não pense pelo menos um pouquinho igual, que tenha os mesmos ideais, os mesmos pensamentos é pedir pra sofrer.

Foi pensando assim, com a razão, que deixei pra trás o sentimento que eu nutria por aquele rapaz . E acho que foi a melhor coisa que eu fiz. Hj. eu penso assim, pq. tenho certeza que minha vida seria outra se tivesse escolhido a voz do coração.

Às vezes ouvir o coração traz sofrimento.

A Manuela não viveu a vida dela. Ficou no passado amando uma pessoa que não estava mais a seu alcance. Enquanto Anita era a metade de Garibaldi.

Acho, de verdade, que cada pessoa tem a pessoa certa pra ficar por resto da vida. Pessoas que se complementam e que pensam de forma igual.

Podem até pensar que não sou romântica, mas sou, sim....só que sou realista e pé-no-chão.

A vida por si só já é complicada, imagina gostando de uma pessoa com pensamentos e ideais diferentes do seu.

Bem, para os que estão nessa situação, aconselho a pensar com a razão. Existem milhares de pessoas nesse mundo e tenho certeza que algumas tem afinidades com vc. Então, pra quê ficar ao lado de alguém que não te completa?

Pensem nisso.

Bjos à todos!!