Em algum momento da minha vida, acordei Cigana. Não me lembro quando, nem onde.
Apenas recordo.
Vestida de vermelho, argolas na orelha e dançando ao redor de uma fogueira.
Rosas vermelhas enfeitando os longos cabelos negros e nas mãos algumas cartas de Tarô: Quer que eu leia a sua sorte?
Sim, eu lia.
Sorriso nos lábios, coração, corpo e alma livre.
Posso voar?!
E dançava, dançava, dançava sempre em volta da fogueira.
Dias quentes, dias frios, não importava, ela sempre estava ali a me esquentar, a esquentar o meu sangue vermelho, o meu sangue gitano.
E quando amanhecia, era hora de arrumar as coisas. Hora da partida. Hora de deixar tudo que se tinha conquistado para trás.
E cada canto era uma conquista, uma aventura, uma desventura, na partida...lágrimas:
Minha alma é cigana!E dançava, dançava..
Meu nome??
Atendia simplesmente por ESMERALDA
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